Em sua 35ª edição, o Congresso Brasileiro de Cosmetologia, ocorrido no final de junho, reuniu os principais fomentadores de pesquisas no país e a academia (instituições e universidades) numa jornada de 3 dias de apresentações de trabalhos técnico-científicos. Na ocasião, grandes expoentes da ciência cosmética nacional e internacional apresentaram suas descobertas em palestras e debates num formato inovador. Durante o evento discentes do curso de Farmácia, Biotecnologia e do Programa de Pós-graduação em Biociências do IMS/UFBA, orientados pelos docentes Juliano Geraldo Amaral e Gabriel Azevedo de Brito Damasceno apresentaram 4 trabalhos técnico-científicos. Os pesquisadores compõe o grupo de pesquisa, Laboratório de Inovação em Bioativos e Desenvolvimento Tecnológico – LIBiTec.
A mestranda do PPG biociências, Paulinne Moreira Lima e bolsista FAPESB, apresentou o trabalho intitulado “Óleo de Café Verde: Fitoquímica e desenvolvimento de sistemas dispersos”, os discentes Maria Clara Botelho (Farmácia) e Caio Cabral (Biotecnologia), bolsistas de iniciação científica do PIBIC, apresentaram os trabalhos: “Desenvolvimento de formulação cosmética contendo óleo de licuri (Syagrus coronata) da caatinga nordestina” e “Obtenção de nanoemulsões cosméticas por meio de método de baixa energia. Avaliação da influência das fases oleosa e dos sistemas tensoativos”, respectivamente. Suas apresentações despertaram um grande interesse em toda comunidade científica e técnica gerando produtivas discussões e o estabelecimento de importantes parcerias.
Já a mestranda Catarina Silva Guimarães do PPG Biociências e bolsista CAPES, apresentou o trabalho intitulado “Obtenção e padronização de um novo ingrediente cosmético a partir de flavonoides de Passiflora cincinnata e sua aplicação em um sistema nanotecnológico”, e foi contemplada como o melhor trabalho utilizando espécies da biodiversidade brasileira, recebendo o prêmio Luiz Gustavo Martins Matheus de Biodiversidade. Durante sua apresentação a comunidade científica destacou a originalidade do trabalho e também a importância da exploração da biodiversidade brasileira de forma sustentável, uma vez que a diversidade biológica brasileira, incluída entre as maiores do planeta, é uma fonte de produtos naturais praticamente inexplorados. Num cenário em que a bioeconomia é cada dia mais recorrente, o Brasil pode ser uma liderança mundial pela exploração racional de sua rica biodiversidade.
Catarina destaca sua felicidade e honra em receber esse prêmio. "Fiquei muito feliz e honrada em receber esse prêmio da Biodiversidade Brasileira e poder divulgar uma espécie tão abundante na nossa região que é o maracujá do mato. É muito gratificante ter o nosso trabalho reconhecido e isso faz todo o esforço valer a pena. A supervisão e orientação dos professores Juliano e Gabriel e apoio do PPG Biociências foram fundamentais para o desenvolvimento e sucesso desse trabalho", disse.
Os professores Juliano Amaral e Gabriel Damasceno ressaltam o papel fundamental de todo corpo docente, técnico e da direção do IMS nessa conquista. "O reconhecimento do nosso trabalho é reflexo do empenho da direção do campus na busca permanente por melhores condições de ensino e pesquisa, bem como de todo corpo docente e técnico que não mede esforços para levar sempre o melhor para cada aluno. Recebemos esse prêmio com uma imensa felicidade pois ele demostra que o IMS é um campus de excelência em tudo que se propõe a executar", explica.
Os autores agradeceram o apoio dos seus colaboradores externos, Prof. Mateus Freire Leite da UNIFAL e Prof. Danilo Menezes Oliveira, ABC por meio do programa MPBox e das agências de fomento FAPESB, CNPQ, CAPES e da UFBA.